O rendimento da previdência privada é um fator que deve ser atentamente levado em consideração, no momento em que se contrata uma empresa que venda este produto.
É que este produto financeiro não serve, somente, para complementar a aposentadoria tradicional do INSS. Ao contrário: a gente até já começou o artigo chamando-a de produto e de investimento.
E o que isso significa? Que o modelo de aportes e resgates acontece como uma "poupança forçada" e o destino do dinheiro, no momento do resgate, é de inteira opção do investidor. Ou seja: se você não quiser, não precisa transformá-la em renda mensal, naquele mesmo modelo da previdência social.
É isso mesmo: com a previdência privada, depois da fase de acumular (que se constitui, ao longo dos anos, de acordo com o contrato, com os aportes mensais), vem a fase do resgate, que pode se dar de duas maneiras distintas:
- Opção por receber o valor investido, mensalmente, como se fosse a aposentadoria tradicional, em que o benefício é parecido com o recebimento de um salário; ou
- Resgatar o valor integral (aportes + rendimento).
Caso o investidor opte pela segunda opção de resgate, abre-se um leque de opções para a destinação do valor acumulado. Quer algumas ideias do que fazer com o valor? Aqui estão elas:
- Adquirir um imóvel;
- Reformar o imóvel;
- Pagar a faculdade de um filho ou neto;
- Empreender e abrir um negócio próprio.
Por se tratar de um produto privado, a liberdade de escolha é um dos fatores que torna esse produto tão atrativo. Mas ele apresenta mais "atrações", também: sendo uma das mais importantes, o rendimento.
E o investidor precisa entender, consigo mesmo, qual o rendimento que ele mais aproveitará, a depender da destinação que quer dar ao valor investido.
É difícil dizer qual o rendimento da previdência privada, pois cada produto é único (lembra da liberdade de escolha?). Cada empresa possui seus planos e suas estratégias para aplicar o seu dinheiro, fazendo-o render.
Contudo, podemos informar alguns detalhes, para te ajudar a entender bem como encontrar um bom rendimento para a sua previdência privada. Vamos conhecê-los?
Previdência privada é rendimento tributável?
É preciso saber de que maneira o Imposto de Renda recai sobre a previdência privada, pois existem dois planos desse produto: o PGBL e o VGBL e cada um deles possui seu próprio sistema de incidência de IR.
O VGBL (que significa Vida Gerador de Benefício Livre), possui tributação da seguinte maneira: somente em cima do que rendeu (e não do valor investido, através dos aportes mensais).
Isso faz com que esse plano seja indicado para quem costuma utilizar o modelo simplificado para enviar a sua declaração ao Leão e, também, para quem está isento de declarar.
Assim, é possível dizer que o rendimento previdência privada VGBL é, sim, tributável e pode ser ideal para os contribuintes que se encaixam numa dessas duas categorias, expostas acima.
Por outro lado, o PGBL (cuja sigla significa Plano Gerador de Benefício Livre), é o plano indicado para quem utiliza o modelo completo. Além disso, vale mencionar que ele é considerado despesa dedutível e, portanto, pode abater da base de cálculo do IR até 12% da renda bruta tributável.
E o que isso quer dizer? Que o contribuinte vai pagar, anualmente, menos imposto para o Leão.
Contudo, vale lembrar: o rendimento da previdência privada PGBL também é tributável, mas não anualmente. É que, no momento do resgate, como o contribuinte obteve o benefício da dedução, ao longo dos anos do plano contratado, o Imposto de Renda será cobrado e a cobrança, nesse modelo, é feita sobre aportes + rendimentos, ou seja, do valor integral.
Rendimento médio da Previdência Privada
Sobre os detalhes que a gente prometeu dar, para que você consiga investir bem o seu dinheiro, um outro que dá para colocar, aqui, é observar qual a média do rendimento da previdência privada.
Esse tipo de cálculo é feito como uma média, mesmo, ou seja: soma-se todos os rendimentos prometidos, ao longo do ano, por todas as empresas existentes no mercado e divide-se pela quantidade.
A resposta pode ser obtida através dos sites de busca, sendo que, pode-se afirmar, nos últimos anos, a média de rendimentos superou o rendimento da poupança, por exemplo.
E isso vai de encontro ao que já falávamos antes: é preciso que o investidor busque essas informações, antes de contratar, pois não há uma resposta certa e definitiva. O mercado varia, assim com as ofertas e, uma vez que o investidor saiba dos seus planos, fica mais fácil buscar uma solução adequada às suas necessidades.
E aí, já investe em previdência privada? Conta pra gente: você pesquisou bem o rendimento, antes de contratar?
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