O cálculo do preço médio das ações é feito a partir da soma dos valores pagos nos ativos divididos pelo número de unidades compradas. Simples, não é? Trouxemos exemplos ao longo deste artigo que vão ajudar você a nunca mais passar trabalho na hora de calcular o preço médio dos seus investimentos.
Diversos são os fatores que fazem a Bolsa de Valores oscilar, subindo e descendo, desde inflação, juros altos, questões políticas e cenários externos. É por esse motivo que os ativos podem despencar de preço sem um motivo aparente.
Os investidores precisam ter jogo de cintura nessas situações para perceber quando um período de baixa de preços chega e comprar ativos na hora certa.
Quando não existe um motivo justificável para quedas de preço, podemos estar justamente diante de um cenário macroeconômico, muitas vezes passageiro, o que trará ajustes naturais a longo prazo.
Uma estratégia muito importante para lidar com esses altos e baixos da Bolsa de Valores é saber calcular o preço médio de ações, fundamental para que você, que investe, saiba se está tendo lucros ou prejuízos e se deverá pagar Imposto de Renda sobre ações.
O que é o preço médio sobre ações
Se você está se perguntando como funciona o preço médio das ações, adiantamos que é muito simples!
Primeiramente, tenha em mente que existe o preço do mercado de ações e o preço que foi pago pelos ativos adquiridos, que são preços diferentes. É por isso que saber calcular o preço médio dá a quem investe uma noção real se o investidor está tendo lucro ou prejuízo.
O preço médio é aquele calculado sobre todos os lotes comprados, por preços diversos, em um período determinado de tempo. Vamos a um exemplo?
Como calcular o preço médio de ações
Imagine a seguinte situação: você comprou 100 ações de uma empresa e pagou por todas um valor de R$ 2 mil. Logo, o valor pago por cada ativo foi de R$ 20, já que basta dividir o valor total da compra (R$ 2 mil) pela quantidade de ações (100) para chegar a esse resultado.
Agora, suponhamos que essas mesmas ações tiveram queda de valor. Dessa vez, elas estão sendo negociadas por R$ 15 cada. Por isso, você acaba comprando mais 100 ativos, por R$ 1.500.
Para encontrar o preço médio que você pagou por todas as ações dessa empresa, é preciso somar as primeiras 100 unidades compradas por R$ 20 cada com as 100 compradas por R$ 15 cada.
Você encontrará R$ 2 mil + R$ 1.500 = R$ 3.500. Divida esse resultado por 200, que é o número total comprado, e você terá o preço médio de aquisição de ações igual a R$ 17,50.
É importante ressaltar que não é recomendado calcular o preço médio na venda de ações, já que incluir a venda traz alguns problemas, por exemplo:
- Calcular o número de ações vendidas pode gerar valores negativos no preço médio. Diante da matemática, esse cálculo não está errado, entretanto, quando falamos de preço médio de aquisição, que tem relação com o valor que você pagou pelos ativos, não devemos misturar essa média de compra com a média de venda.
- Além disso, ao considerar apenas a redução do estoque, o valor do preço médio vai subir, o que é enganoso sobre o que aconteceu.
Portanto, considere apenas as compras para o cálculo do preço médio de ações, porque, independentemente de quantos ativos você vendeu e a que preço, o valor médio que você pagou continua o mesmo.
Como calcular o preço médio de ações para o Imposto de Renda
Saber calcular o preço médio de aquisição de ações também é necessário para descobrir quanto pagar de IR sobre ações.
Sempre que a soma das vendas de um mês for superior a R$ 20 mil em operações que não sejam day trade (aquelas que são compradas e vendidas no mesmo dia, que nesse caso sempre geram imposto a pagar independentemente do valor) é obrigatório pagar Imposto de Renda referente a esse mês por meio da emissão de um DARF.
Ou seja, diferentemente do imposto pago apenas quando é feita a declaração, os lucros sobre ações geram impostos que precisam ser pagos mês a mês, desde que respondam aos requisitos citados.
Para fazer o cálculo do preço médio de ações com os dados necessários para saber o Imposto de Renda devido, precisamos:
- Dos custos por ordem executada: taxa de corretagem, taxa de custódia, emolumentos.
- Do cálculo de quanto custou cada ativo em uma operação.
Só assim é possível alcançar o resultado preciso do preço médio, incluindo o custo real de cada ação em cada operação realizada.
Vamos a um exemplo:
Suponha que você tenha pago R$ 20 mil por 2 mil ações de uma empresa. Você também paga a taxa de corretagem, que vai para a corretora de valores, o Imposto Sobre Serviços (ISS), emolumentos e outras taxas cobradas pela Bolsa de Valores.
Imagine que todos esses custos e taxas somados resultaram em R$ 87. Eles aparecem na nota de corretagem.
A partir desse valor, você já pode calcular o preço médio de maneira completa. Estamos falando de R$ 20 mil do total de ações mais R$ 87 dos custos. Portanto, devemos levar em consideração a soma desses valores: R$ 20.087.
Dividido por 2.000, temos um preço médio de R$ 10,04 por ação. Assim, é uma diferença de quase 0,5%. Considerável, não é mesmo? Fundamental para definir se existiu lucro ou prejuízo na hora de vender esses ativos e se você deve ou não gerar o DARF sobre ações para pagar IR.
Ou seja, a fórmula para o cálculo do preço médio de ações fica assim:
÷
número de ativos comprados
=
preço médio das ações
Um jeito mais fácil de calcular o preço médio de ações
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